Entre os dedos

Entre os dedos tenho a morte.
Entre os dedos tenho a dor.
Entre os dedos me escapa a vida
lenta e sutil se esvai no céu.

Entre meus dedos tenho a fumaça
que nebulosa me esconde o pesar
entre meus dedos me escapam lembranças
de amores, aventuras, desamores, desventuras.

Trago em cada trago
o gosto amargo do passado
das lembranças que me driblam a sensatez

Nos Pulmões carrego a mancha do não ser.
Suspiros efêmeros negam-me a euforia
de querer ter entre os dedos você.

Nenhum comentário:

Postar um comentário