O Desenho

Te desenhei em meu coração e não achei borracha que pudesse apagar,
o vermelho sangue de teu vestido se ambientou e se fundiu ao pano de fundo
juntamente com a cor de teu batom.
Te desenhei em uma moldura clichê com o já surrado pincel da esperança...
Escolhi cuidadosamente as cores, cores vivas, mais vivas que o pulsante coração
que ora me serviria de tela. Sem hesitar espalhei as cores e com as próprias mãos desenhei teu rosto
e teu sorriso como o sol do amanhecer ressaltou-se e juntamente com o brilho de teus olhos trouxe-me a vida colocando em alto relevo todo espécie de bom sentimento que já pude provar e os que ainda anseio mas que por sorte ou por azar me escapam constantemente entre os sujos dedos que melados de mil tintas já não tem a firmeza de prenderem-na.
Desenhei em meu coração a figura que configura, transfigura e fulgura...
que com sapiência, subverte a ciência, confunde essência e aparência...
Desenhei-te em meu coração, copiei-te em minh'alma e já não há quem possa apagar....

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