Noite Fria

Ontem, a noite estava fria, não direi contudo que necessariamente senti frio, poderia até utilizar-me com certo alarido poético destes termos, mas ontem foi diferente. A baixa temperatura exterior não alcançou meu coração, que era aquecido pelo mais sublime sentimento, o amor... A saudade inconteste das noites passadas, não houvera reduzido, contudo fora mesclada às vontades, tornando-se aprazível e para muito além da mera dor de querer e não ter.
Vontade de ver novamente teu sorriso, de viver mil aventuras em tempos improváveis, de estar ao teu lado e dentro dos meus braços, em muitos abraços, encontrares aconchego, vontade de lançar pedras no mar e sentir a brisa suave, mas não tão suave quanto o toque de tuas mãos. E deste modo olhando para a lua, pedi a Deus para ter você aqui perto de mim, ao meu lado, pois dentro de mim teu nome me é comum, pois minha alma incansalvel te chama por querer-te com ardor.
A lua prateada iluminava a esperança na janela do quarto, seu brilho parecia casar-se com o aroma das rosas que lentamente desabrochavam, lá fora o silêncio era violado com o uivo dos cães que pareciam saudadosos em ver dois seres a caminhar à hora avançada, enquanto isso em uma caixa guardada em meu peito latejava o coraçao ardendo inconsolavel de saudades.

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